O Mundo deve intervir para deter as violações graves e sérias contra os muçulmanos de Mianmar
A WAMY (Assembléia Mundial da Juventude Islâmica) alerta para a escalada da repressão, perseguição e expulsão perpetrada contra os muçulmanos Rohingya em Mianmar, em violações que chegam à limpeza étnica e crimes contra a humanidade. Nos últimos dois meses, sucessivos relatórios revelaram uma onda de discriminação coletiva injusta contra essa minoria, incluindo assassinatos, detenções arbitrárias, violações, e queima de casas, instalações e mesquitas, impedindo-os de praticar os ritos religiosos, até mesmo no mês de Ramadan, assim como a expulsão do país.
Os muçulmanos
Rohingya sofrem com a negação completa de seus direitos de cidadania, bem como
os mais básicos direitos civis e liberdades fundamentais, enquanto o Estado
adota uma ideologia extremista em relação a eles, pedindo sua expulsão coletiva
e deportação do país. Esta política é traduzida pelas forças de segurança, sob
a forma de violações gravíssimas. A situação é ainda mais preocupante, dadas as
declarações do Presidente de Mianmar, Thein Sein, na qual ele se recusou a
reconhecer o direito dos muçulmanos Rohingya para a cidadania, enquanto a líder
da oposição e ganhador do Prêmio Nobel, a Sra. Aung San Suu Kyi, adotou
posições relaxadas sobre as atrocidades em curso.
É surpreendente que essa escalada
ocorra logo depois de Mianmar entrar em uma nova era de liberdade e abertura democrática.
No entanto, estes novos desenvolvimentos, repletos de atrocidades e violações
contra os muçulmanos Rohingya no início de Junho de 2012, foram bastante
chocantes, trazendo à mente as sucessivas ondas de segregação injusta contra
essa minoria nos últimos trinta anos. A continuação deste padrão de violações e
intimidações ameaça a completa erradicação desta minoria de sua pátria nativa,
provocando um problema dos refugiados de dimensões trágicas, em um dos lugares
mais pobres e privados de necessidades básicas no mundo.
A Assembléia
Mundial da Juventude Islâmica manifesta a sua solidariedade com os muçulmanos
Rohingya nesta fase difícil de sua história, e condena as atrocidades cometidas
pelo governo de Mianmar, que não devem ser permitidas no mundo civilizado. Os
organismos internacionais são obrigados a adotar posições firmes para impedir
estas atrocidades, para a qual não é aceitável fechar os olhos ou ficar em
silêncio.
A
WAMY convida os muçulmanos do Brasil a organizarem atividades em solidariedade
aos oprimidos em Mianmar, a fornecerem ajuda humanitária aos refugiados e às
famílias das vítimas e suplicarem muito a Deus, para que alivie o sofrimento
deles e trazer um fim rápido para a sua provação.
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